terça-feira, 30 de julho de 2019

FÉ NA VIDA: BELA VISTA DO FÃO


Para muitos, a fé é um sentimento oceânico e não precisa de comprovação  para atravessar  suas águas – sempre tem um horizonte. 

A fé é uma verdade que dispensa certificação, 
diploma, registro em cartório.
Fé é acreditar sem provas. Para Freud, religião é ilusão.  Pra mim, é delírio. Penso em conexão quando penso em fé. 


Mantras e orações religam a fé interior. A leitura também!

Gosto de pensar que fé tem a ver com afeto, que não se quantifica. A fé, talvez, acalme as angústias. Talvez.
Para quem suspeita das divindades e da humanidade,  resta a crença na Natureza. Como estão destruindo tudo, é de se esperar que a Natureza se rebele de forma devastadora: dilúvios, furacões, tsunamis, degelo, terremotos...


Por enquanto nosso maior cataclismo é caminhar 
na bucólica Bela Vista do Fão, distrito de Marques de Souza. 
Na estradinha, vários santos e uma Iemanjá. 
Parecia faltar mais uma conexão espiritualizada,
talvez, mais filosófica.

Agradecemos à Sonia e ao Cleo, 
o apoio e o carinho.
Acredito que tudo é uma questão de 
atitude perante o mundo que nos rodeia.

Freud já disse que estamos todos no mesmo barco:
e não tem como pular fora...
"Tudo o que somos é o que pensamos."
Não sou budista.
Ícones e imagens são 
provas de benquerença.

Montar um altar para Buda
é lembrar que existem diversas formas de pensar 
a Natureza e a Humanidade.
A verdade não tem guardião:
mas fazer aniversario é uma prova
incontestável de vida.
E a gente celebra.

Na fé, vários caminhos para se percorrer,
sem discriminação.
Prefiro espiritualidade à religião.
Talvez, tudo não passe de simbólica utopia.

Mas para que serve a utopia? 
pergunta o escritor Eduardo Galeano.

"Para que não se deixe de caminhar."


Para que não se deixe de atravessar com fé
a outra margem da vida.
O inocente rio Fão já mostrou do que é capaz,
colocando sua natureza à prova de fé: 
quem pode mais?
Na Cascata Dalmoro,
a conexão íntima
com o sagrado absoluto do belo.

À noite, o filó em Bela Vista do Fão:
a fé no reencontro com pessoas queridas,

pessoas que fazem a diferença no lugar onde vivem.
Que trabalham com fé...
e alegria.

A vida é isso:
convergências de todas naturezas.

Reencontros!
Reencontros...

Reeeeencontros!
Pequenos grandes reencontros.

Mas o meu maior reencontro
se dá sempre com a Natureza.

Onde terminam as palavras,
continuam as imagens.

Até a próxima!
“Agora não pergunto mais pra onde vai a estrada”

“Agora não espero mais aquela madrugada”


“Vai ser, vai ser, vai ter de ser, 
vai ser faca amolada”

 “Deixar a sua luz brilhar e ser muito tranquilo”


“Deixar o seu amor crescer e ser muito tranquilo”

“Brilhar, brilhar, acontecer, 
brilhar faca amolada”

“Irmão, irmã, irmã, 
irmão de fé faca amolada”

“Plantar o trigo e refazer o pão de cada dia”

“Beber o vinho e renascer na luz de todo dia”

“A fé, a fé, paixão e fé, a fé, 
faca amolada”


“O chão, o chão, o sal da terra, 
o chão, faca amolada”

“Deixar a sua luz brilhar no pão de todo dia”


“Deixar o seu amor crescer na luz de cada dia”

“Vai ser, vai ser, vai ter de ser, 
vai ser muito tranquilo”


“O brilho cego de paixão e fé, faca amolada”

"Fé cega, faca amolada"
 Milton Nascimento e Ronaldo Bastos

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