Amo cada paredão, cada mato nativo e cada potreiro que vejo. Conhecer a nosso quintal é o que os "Passeios na Colônia" tem proporcionado para todos que compartilham do mesmo ar puro e tranquilidade que buscamos.
Para mim é um paraíso.
Se estou sozinha, um banho in natura para espantar o mau-olhado.
Mas estamos entre mais de 130 pessoas...
Foram tres ônibus cheios de caminhantes. Olha aí o Ricardo, um dos organizadores, que tem um espaço maravilhoso atras de sua casa em Tamanduá, para acampar. Outra hora eu conto mais.
Na chegada a gruta Nossa Senhora de Lurdes, em Forqueta Alta, a recepção com cantorias atrai muitos flashes e tem gente que se emociona ao ver aquele pessoal tão receptivo.
Gogó afinado e gaita aberta!
Ali pertinho, o pessoal sobe para conhecer a gruta.
E ela não desaponta...
Eram 9 e meia da manhã: olha aí o que nos esperava!
Fila para um dos melhores café já servido nas caminhadas!
O primeiro passeio a gente nunca esquece!
Os organizadores com Alício de Assunção, de chapéu, o idealizador.
Foto do facebook.
O que tinha para comer? Cucas, pães, linguiça, queijos, um iogurte maravilhoso de uma empresa rural do lugar, bolos, biscoitos caseiros, torresmo, uma calça-virada bem fininha, batata-doce assada, geléias caseiras de várias frutas, caf´com leite, chá... Essa caminhada está perdendo o objetivo contemplativo e se tornando gastronômica. Quem se importa? Eu que não!
Comeram? Barriga cheia?Alongar para começar o primeiro passo dos sete quilometros e meio... O profe Miguel dá as coordenadas.
E lá vamos nós de máquina em punho.
Nas estradinhas do nosso interior sempre tem vaquinhas curiosas.
Tem ponte pênsil para quem não tem medo do balanço.
Essa era bem grande sobre o rio do Fão.
Tem igreja construída em 1951.
Tem campinho para as peladas do fim de semana.
Tem capitéu para a virgem que sempre é bom contar com a benção nessas lonjuras.
Tem varal de tudo que é jeito expondo as intimidades da família.
Tem uma taipa mais linda que a outra e laranja de beira de estrada.
Tem cemitério antigo e esquecido.
E graças a Zeus tem agua para refrescar a vida do caminhante.
Até aqui já foram três quilômetros e meio...
É verde que não acaba mais, de encharcar o espírito.
Pessoal de Arroio do Meio!
Obra de arte natural.
Exatamente aqui começou Pouso Novo, explica o vice-prefeito João Demarchi.
Capela Navegantes, construída em 1902 pelos Bonacina, Baiocco, Cella, Bianchini...
A igrejinha é bem simples, tem altar de madeira e está lá, perdida no tempo e no verde que a rodeia.
Deu vontade ter muito dinheiro só para restaurar e tornar o local de peregrinação...
Passamos por diversas sombras,
verdadeiros tuneis verdes.
Olha aí o pessoal de Lajeado...
O rio Fão nos acompanhou durante toda a caminhada.
Às vezes, uma arvore sagrada rogava uma prece.
Ou um piquenique a sombra dela.
De longe, silenciosa, uma ambulância nos seguia para qualquer eventualidade: pé torcido, diarréia, picada de cobra, bicada de quero-quer ou simples cansaço. Insolação não. O dia estava nublado e a temperatura amena, perfeito para longas caminhadas.
Tirando a mata de eucaliptos, o visual era lindo.
Na estrada cheia de poça de água, barrenta, uma rua de paralelepípedos assombra o pessoa e sinaliza que estamos perto do destino final.
Olha lá a igrejinha... Mais um quilometro.
A caminhada desperta atenção de quem está por ali vigiando o paiol.
O sino bate recepcionando o pessoal. Sempre é um momento de emoção, o badalar se ouve longe, atravessa o vale. Para muitos, a caminhada foi um desafio vencido. Para mim também.
Galeto, massa, aipim e saladinha.
E uma gelada que desceu muito bem...
Depois um plantio de arvores para marcar nossa passagem.
Pose clássica na igrejinha da Barra do Fão, as margens dos rios Fão e Forqueta, divisa entre Travesseiro e Pouso Novo.
Gostou? Então marque na sua agenda e entre em contato com Alício:
valenews@certelnet.com.br
Bom passeio!