O mato que vocês estão vendo será destruído para dar lugar a uma rótula.
Atravessamos a Bento Rosa e entramos na rua aberta
atras do salão paroquial, da matriz, do Castelinho.
Generosamente, deixaram essa paineira!
Sabe onde o asfalto é bom?
Nas rodovias.
Infelizmente, precisam apoiar os empresários do piche.
Parques sempre serão bem vindos!
E o colega Rodrigo Martini já batizou:
Mas insisto:
antes dessa lama preta que mais parece uma RS,
uma via de paralelepípedos.
É preciso asfalto para os carros apostarem corrida.
"Para bicicletas e skate... tu não pode pensar nisso?"
Querida... nada que uma ciclovia não resolva.
É um parque, lembre-se!
A máscara na arvore evidencia os dias que vivemos
e o lixo que encontramos no trajeto.
Gostei de caminhar por aqui,
uma nova rótula e a gente já visualiza um lindo parque,
o legado do governo Caumo-Schumacher.
Um cruzamento bom para despachos
e nunca tivemos tantos motivos...
A abertura da rua e o mato cortado
para apoiar o futuro empreendimento do véio da Havan.
Ao lado, corre também o Arroio Engenho,
ou o esgoto da cidade que cai direto no rio Taquari.
A nova rua (ainda Décio Martins Costa?) se encontra
com a rua Oswaldo Aranha que conserva
os paralelipípedos e a margem do rio ainda arborizada.
Numa emissora de rádio discutem
cortar as macegas das margens,
para ver suas águas...
Como se não pudesse enxergar!
Quando se sabe que são as macegas que seguram as margens.
Quando se sabe que macegas fazem parte da mata ciliar.
Quando se sabe que são as macegas que filtram os poluentes.
Que ideia infeliz!
Raras são as cidades com um rio tão lindo como o Taquari.
Devido a seca prolongada, muitas decretaram emergência
e muitos rios secaram em todo estado.
Mas, não o Taquari.
Um poema, não é?
Sempre me emociono quando vejo a exuberância da natureza.
Bem que a ciclovia poderia ter a continuação das "bela-emílias"
de ambos os lados e em toda sua extensão.
A prefeitura poderia dispensar o iptu das casas antigas
para que seus moradores realizassem melhorias na conservação.
A prefeitura tá sentada em cima de um cofre abarrotado,
não ficaria mais pobre aliviando o iptu
de menos de 10 casas antigas que
restam nessa cidade...
" Dia de luz, festa de sol"
E o barquinho a deslizar
no azul macio do..."
rio.
"O barquinho vai
A tardinha cai...”
E a gente volta pra casa,
a gente volta para o confinamento,
a gente volta contando os dias
que poderemos caminhar sem medo,
sem pudor por descumprir imposições.
A gente volta pra casa pensando
como seria bom viver
numa cidade sem corrupção e
com um senso estético um pouco mais apurado.