terça-feira, 19 de março de 2013

BARRA DO FÃO VIA FORQUETA ALTA: 16º PASSEIOS NA COLÔNIA

 O que leva a gente a acordar antes das sete da manhã, em pleno domingo, para rodar de carro até a pequena Tamanduá, distrito de Marques de Souza?  Para o desavisado que chegou sem querer até essa cibercolônia, uma dica: interior do Rio Grande do Sul, no Vale do Taquari. Enfim, pegar a estrada, passar a mão numa garrafa de vinho, desculpe os politicamente correto, e a cesta de piquenique, e encarar o ar frio do nosso vale. Se a companhia  e a trilha sonora é boa, não me parece nada melhor para fazer.
Amo cada paredão, cada mato nativo e cada potreiro que vejo. Conhecer a nosso quintal é o que os "Passeios na Colônia" tem proporcionado para todos que compartilham do mesmo ar puro e tranquilidade que buscamos.
 Para mim é um paraíso.
Se estou sozinha, um banho in natura para espantar o mau-olhado.
Mas estamos entre mais de 130 pessoas...

Foram tres ônibus cheios de caminhantes. Olha aí o Ricardo, um dos organizadores,  que tem um espaço maravilhoso atras de sua casa em Tamanduá, para acampar. Outra hora eu conto mais.
Na chegada a gruta Nossa Senhora de Lurdes, em Forqueta Alta, a recepção com cantorias atrai muitos flashes e tem gente que se emociona ao ver aquele pessoal tão receptivo.
Gogó afinado e gaita aberta!
 Ali pertinho, o pessoal sobe para conhecer a gruta.
E ela não desaponta...
Eram 9 e meia da manhã: olha aí o que nos esperava!
Fila para um dos melhores café já servido nas caminhadas! 
O primeiro passeio a gente nunca esquece!
 Os organizadores com Alício de Assunção, de chapéu, o idealizador.
Foto do facebook.
O que tinha para comer? Cucas, pães, linguiça, queijos, um iogurte maravilhoso de uma empresa rural do lugar, bolos, biscoitos caseiros, torresmo, uma calça-virada bem fininha, batata-doce assada, geléias caseiras de várias frutas, caf´com leite, chá... Essa caminhada está perdendo o objetivo contemplativo e se tornando gastronômica. Quem se importa? Eu que não!
 Comeram? Barriga cheia?Alongar para começar o primeiro passo dos sete quilometros e meio... O profe Miguel dá as coordenadas.
E lá vamos nós de máquina em punho.
Nas estradinhas do nosso  interior sempre tem vaquinhas curiosas.
 Tem ponte pênsil para quem não tem medo do balanço.
Essa era bem grande sobre o rio do Fão.
 Tem igreja construída em 1951.
 Tem campinho para as peladas do fim de semana.
Tem capitéu para a virgem que sempre é bom contar com a benção nessas lonjuras.
 Tem varal de tudo que é jeito expondo as intimidades da família.
 Tem  uma taipa mais linda que a outra e laranja de beira de estrada.
 Tem cemitério antigo e esquecido.
 E graças a Zeus tem agua para refrescar a vida do caminhante.
Até aqui já foram três quilômetros e meio...
É verde que não acaba mais, de encharcar o espírito.
 Pessoal de Arroio do Meio!
 Obra de arte natural.
Exatamente aqui começou Pouso Novo, explica o vice-prefeito João Demarchi.
Capela Navegantes, construída em 1902 pelos Bonacina, Baiocco, Cella, Bianchini...
A igrejinha é bem simples, tem altar de madeira e está lá, perdida no tempo e no verde que a rodeia.
Deu vontade ter muito dinheiro só para restaurar e tornar o local de peregrinação...
 Passamos por diversas sombras,
verdadeiros tuneis verdes.

 Olha aí o pessoal de Lajeado...
 O rio Fão nos acompanhou durante toda a caminhada.
Às vezes, uma arvore sagrada rogava uma prece.
Ou um piquenique a sombra dela.
De longe, silenciosa, uma ambulância nos seguia para qualquer eventualidade: pé torcido, diarréia, picada de cobra, bicada de quero-quer ou simples cansaço. Insolação não. O dia estava nublado e a temperatura amena, perfeito para longas caminhadas.
Tirando a mata de eucaliptos,  o visual era lindo.


Na estrada cheia de poça de água, barrenta,  uma rua de paralelepípedos assombra o pessoa e sinaliza que estamos perto do destino final.
 Olha lá a igrejinha... Mais um quilometro.
A caminhada desperta atenção de quem está por ali  vigiando o paiol.
 O sino bate recepcionando o pessoal. Sempre é um momento de emoção, o badalar se ouve longe, atravessa o vale. Para muitos, a caminhada foi um desafio vencido. Para mim também.
 Galeto, massa, aipim e saladinha.
E uma gelada que desceu muito bem...
Depois um plantio de arvores para marcar nossa passagem.
 Pose clássica na igrejinha da Barra do Fão, as margens dos rios Fão e Forqueta, divisa entre Travesseiro e Pouso Novo.
Gostou? Então marque na sua agenda e entre em contato com  Alício:
valenews@certelnet.com.br
Bom passeio!

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