terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A TERRA DE SÉRIO

 Dias desses fui à Sério à convite da Prefeitura para a Feira do Livro. Nem preciso dizer que a viagem de 50 minutos resultou em um lindo passeio! O colega Alício de Assunção foi dirigindo o carro e ganhei uma ótima oportunidade para me esbaldar com a câmera. São 38 km depois de Forquetinha por uma RS quase que totalmente asfaltada. Coisa de 4 km de estrada de chão, ao chegar.
 O casario antigo à beira da rodovia atrai meu interesse: a parede curvilínea...
 Sério à 626m de altitude: com esse calorzão, a temperatura é uma delícia! E a paisagem em múltiplos tons de verde, um descanso para os olhos e os sentimentos.
 Linda, não é mesmo?
Uma das versões para o nome da cidadezinha conta que ao chegarem por aqui, os imigrantes italianos  ergueram suas casas próximo a um riachinho. Chamaram de "Sério" em homenagem  a um rio de mesmo nome em alguma região da Brescia, na Itália. Vou aguardar correção...


A gente admira o cenário bucólico, mas sabe que é dureza tirar o sustento da terra.
 Por isso encontramos muitas casas abandonadas e até igrejinhas. Nem Deus conseguiu impedir o êxodo rural...
   Em Sério não vivem muito mais de três mil pessoas, que ao contrario do gentílico - seriense - sabe acolher com muita simpatia os visitantes desejáveis! Descobri que organizaram uma festa para os médicos cubanos que atuam na a região. Foi um sucesso e espero ser convidada para a próxima!
 A consciência da finitude e da distância, comove.
Um colorido alegra e transcende a exuberância verde da região.
  O pessoal diz que os agricultores não gostam de árvores. 
Quando vejo uma paisagem como essa, dou razão ao ouvido...
A terra sangra por causa das derrubadas.
“Quem contou a areia do mar e as gotas da chuva, e os dias do século? Quem mediu a altura do céu e a largura da terra, e a profundidade do abismo?" Eclesiásticos 
 Alício faz  referência a um moinho abandonado, na beira da estrada.
Parada obrigatória para quem sabe andar com cuidado...
  
O tempo passa devagar no nosso interior e sobreviver por aqui não deve ser nada fácil....
Mario Quintana escreveu que o tempo não pára e que só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo.
“Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarinho” – disse também o poeta.
As aranhas medem o Tempo?
E o Tempo testa nossos sonhos?
 Ahhh... Surpresa boa...

 "Meu Tempo é quando..." Meu tempo é agora!

 Obrigada, Alício, por revelar esse segredo da natureza abandonado pelo homem.

 Assim que chegamos em Sério, vi na Feira um trabalho desenvolvido por alunos
sobre o meu livro "Um dia tudo se ajeita!"
 O ginásio da escola encheu para a abertura da Feira.
  A secretária de Educação e Cultura, Sandra Werner deu as boas vindas...
...e eu fui para a sala de aula orientar  uma oficina de crônica para essa galera de bem com a vida!


Sim, a internet não deixa ninguém desconhecer o Brasil que vive.
Todo o progresso, todo o desolamento, todas as maracutaias 
estão por um clique do conhecimento.
Só não viaja pelo mundo quem não quer.
Do alto da igreja São José, a pequena cidade vive sua riqueza ao redor:
turismo ecológico entre cascatas, trilhas, mata fechada, cavalgadas, montain bike...
Sério é demais!

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