terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

BEM VINDO À SANTA CLARA



A história da cidade  bem explicadinha no site da prefeitura: http://www.santaclaradosul-rs.com.br/?link=historia.

Lembro apenas que as melhores bolachinhas de Natal do meu tempo de fuzarca vinham de lá. Eram famosas e uma delícia.
Hoje não tem mais bolachas na minha vida, sequer fuzarca.
Mas tem o pórtico que me parece bem clean, sem aquelas propagandas horrorosas de clubes de serviço ou o famigerado bem-vindos.

Simplicidade é tudo.


CONTRAPONTO
@ “ Laura, com todo respeito que tenho por tua pessoa e pela profissional que és, não posso concordar com estas afirmativas. Uma placa de clube de serviço tem múltiplas funções e vai muito além de uma indicação. Mostra que naquela cidade tem pessoas que realizam trabalho voluntário e que auxiliam outras mais necessitadas. Os clubes de serviço como o Lions e o Rotary são organizações mundiais que não tem necessidade de fazer propaganda, querem divulgar suas realizações para que outros vejam o exemplo de quem faz o bem e incentivar outras pessoas entrarem nesta rede de fraternidade.
Laura, se fores reparar, naquela “propaganda” de clube de serviço está indicado o dia da semana, horário e local das reuniões. Isto significa que a pessoa de outra cidade que integra um destes clubes de serviço pode chegar e participar do encontro e compartilhar da alegria do companheirismo e se inteirar das suas atividades.
Também não posso concordar que com a tua afirmativa do “famigerado bem-vindo”. Aquela saudação no pórtico de acesso a cidade tem um significado muito especial. Mas não que seja necessário ter a inscrição. Esta é uma forma de saudar os visitantes. É a maneira que a cidade tem de mostrar sua cordialidade e acolhida. Tem o mesmo sentido de saudação quando uma visita chega em nossa casa.
Para o turismo, o pórtico, tem um significado ainda maior. Porque quem viaja, percebe a diferença entre quem tem e a outra que não se importa com o turismo. Para os viajantes, geralmente uma das primeiras paradas quando chega a uma cidade desconhecida, é no pórtico para a tradicional fotografia. Uma lembrança que será mostrada para tantos familiares e amigos.
Outra frase muito usada é o desejo de “Boa Viagem”, ou “Volte Sempre”. Parecem tão repetidas, mas com um significado tão imenso. É a mesma despedida que se dá a visita quando vai embora da nossa casa.
Outra leitura que se pode fazer a partir do pórtico, é quanto ao seu estado de conservação. Ele nos dá a primeira impressão da cidade. É como uma carteira de identidade. Geralmente ele é feito com as características culturais e étnica, ou a principal atividade econômica do município e assim por diante. Normalmente é uma obra de arte
Laura, penso que dar as boas-vindas aos nossos visitantes, não seja algo “famigerado”, é uma questão de cordialidade, de simpatia e educação, que tanto falta para muitas pessoas, que perderam o encanto de dar um Bom Dia e muito menos de servir o próximo, como o fazem os clubes de serviço e outras tantas entidades e pessoas individualmente.”
Deolí Gräff




segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

BEM VINDO À ROCA SALES



Há um bom tempo pretendia lançar esse concurso: qual a mais bela entrada de cidade no Vale do Taquari? Acho que a AMTURVALES deveria patrocinar essa idéia. Pelo menos, os prefeitos se tocariam... Mas agora é tarde: Ronaldo Zarpellon, coordenador do turismo no Vale está deixando o cargo. E sabe lá o que virá pela frente.

De domínio popular: a primeira impressão é a que fica. Em se tratando de urbanidade, a entrada principal deve ser uma grande aliada no marketing econômico e cultural da cidade. E isso não tem nada a ver com pórticos, por favor!  Aliás, na maioria  das vezes,  de péssimo gosto arquitetônico.

Tenho a minha preferida no Vale do Taquari, mas não tenho fotos.
Essa chegada de hoje é o convidativo portão de entrada de Roca Sales, terra dos queridos amigos Catia Pretto e  Sidi Schneider. E onde realizei um belo passeio de trem. Projeto turístico que não saiu dos trilhos, infelizmente.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

PROGRESSO !

  
Minha alma é colona. Definitivamente.
Quando entrevistei a professora de artes, Dinorá Feldens, ex-secretaria de Cultura de Lajeado na década de 80, disse uma frase que gostei muito: “a gente sai da colônia, mas a colônia não sai da gente.”
Gosto da colônia pela representatividade de seu espaço, de sua solidão, do sotaque, de uma certa ingenuidade ainda que ceticamente contemporânea.

Tempo atrás, os amigos convidaram para uma galinhada em Progresso. Aqui perto, coisa de 40 minutos pela BR 386, antes do pedágio mais caro do estado, em Marques de Souza.
Os políticos não se entendem mesmo. Ou o povo?
Primeiro a  rodovia chamava-se “estrada da produção”. Depois, mais pomposo: Rodovia  Presidente Kennedy. Aí virou Tabaí-Canoas.
Recuaram na consciência? Hoje, Rodovia Governador Leonel de Moura Brizola.
Então ta: saindo da Brizola suba pela RS 423. E se delicie com o visual, com o frescor e com os atalhos, alguns vão dar junto ao rio Fão.

Quando Progresso se emancipou em 1987, eu era repórter da RBS. Fiz a cobertura da primeira eleição. Cheguei pela estradinha de Boqueirão do Leão, via Colônia Jardim.  Fiquei encantada e sempre que posso, volto a cidadezinha. Mas, uma pena: com tanto potencial eco-turístico perde as características italianas com construções de péssimo gosto. Meu amigo que nasceu lá sofre a cada vez que “sobe” até Progresso. Mesmo assim, convidou para uma galinhada no clube. E eu fui, claro! Mas, levei o vinho.

 Um varalzinho... Transgressão de intimidades. Não consigo resistir.

O vale... Meu amigo jura que vai construir uma casa aqui em cima. E eu juro que serei eternamente grata e amiga do peito pra sempre. Nossa casa na serra!


Ah, minha’lma colona, grazie!

LAJEADO, Ó LAJEADO...




Toda cidade tem uma praça.
Lajeado não mais é a “minha cidade”. 
Portanto,  essa praça também não é mais “a minha praça”.
Mas já foi. 
Quando a gente não se reconhece mais nas recordações – como disse uma certa psicóloga argentina Sara Paín – perdemos os instintos. Inclusive os de afeto. Já desconfiava, mas a certeza veio quando li um artigo na ZH assinado pela Esther Grossi nesse início de fevereiro.

Essa cidade tem 46 praças. Parece mentira? Os dados são da assessoria de comunicação da prefeitura.  Já imaginei: "Lajeado, a cidade das praças".

Desculpe a parrésia: várias praças estão em estado lamentável. Não atraem nem os desiludidos da vida, que dirá as crianças e suas fantasias. A Praça Moreira César - quem será o figurão? - é reduto dos crakeiros. A da matriz, dos bebuns e apertados: tem um mictório por ali.

A pracinha da imagem acima é a do chafariz. É uma das pouca praças atraentes: reúne chinas e trabalhadores. Na sua vizinhança, a Associação Comercial e Industrial da cidade. E um cabaré, agora fechado.  Disputando importância, o busto em bronze do Getulio Vargas com um naco da carta-testamento. Mas, a paternidade coube a Gaspar Silveira Martins.

Minha ex-cidade é letradura mesmo: homenageou um monarquista! Mais tarde, maragato, federalista ou seja lá o que isso significa. O cara nasceu em Bagé e morreu em Montevidéu. Passou a trote largo daqui. Por que cargas d’água ganhou praça em Lajeado, caraca?


Coisas da colônia mesmo.