domingo, 6 de fevereiro de 2011

PROGRESSO !

  
Minha alma é colona. Definitivamente.
Quando entrevistei a professora de artes, Dinorá Feldens, ex-secretaria de Cultura de Lajeado na década de 80, disse uma frase que gostei muito: “a gente sai da colônia, mas a colônia não sai da gente.”
Gosto da colônia pela representatividade de seu espaço, de sua solidão, do sotaque, de uma certa ingenuidade ainda que ceticamente contemporânea.

Tempo atrás, os amigos convidaram para uma galinhada em Progresso. Aqui perto, coisa de 40 minutos pela BR 386, antes do pedágio mais caro do estado, em Marques de Souza.
Os políticos não se entendem mesmo. Ou o povo?
Primeiro a  rodovia chamava-se “estrada da produção”. Depois, mais pomposo: Rodovia  Presidente Kennedy. Aí virou Tabaí-Canoas.
Recuaram na consciência? Hoje, Rodovia Governador Leonel de Moura Brizola.
Então ta: saindo da Brizola suba pela RS 423. E se delicie com o visual, com o frescor e com os atalhos, alguns vão dar junto ao rio Fão.

Quando Progresso se emancipou em 1987, eu era repórter da RBS. Fiz a cobertura da primeira eleição. Cheguei pela estradinha de Boqueirão do Leão, via Colônia Jardim.  Fiquei encantada e sempre que posso, volto a cidadezinha. Mas, uma pena: com tanto potencial eco-turístico perde as características italianas com construções de péssimo gosto. Meu amigo que nasceu lá sofre a cada vez que “sobe” até Progresso. Mesmo assim, convidou para uma galinhada no clube. E eu fui, claro! Mas, levei o vinho.

 Um varalzinho... Transgressão de intimidades. Não consigo resistir.

O vale... Meu amigo jura que vai construir uma casa aqui em cima. E eu juro que serei eternamente grata e amiga do peito pra sempre. Nossa casa na serra!


Ah, minha’lma colona, grazie!